A cirurgia para lesões dos tendões do manguito rotador deve ser indicada por médico especialista, com experiência nesse tipo de leão.
O procedimento pode ser realizado de maneira convencional, por via aberta, ou por artroscopia. A cirurgia aberta exige uma incisão de aproximadamente 5cm. Por essa abertura é deslocado o músculo deltóide, são removidos eventuais esporões do osso acrômio e é realizado o reparo do tendão rompido mediante suturas.
Já a cirurgia por artroscopia normalmente requer 3 incisões de no máximo 1cm cada. Portanto, é um procedimento menos invasivo e provoca menos dores no pós-operatório. Além disso, tem a vantagem de reduzir os riscos de infecção.
Seu objetivo é o reparo dos tendões do manguito rotador no seu leito original, o úmero proximal. São utilizadas pequenas peças, denominadas âncoras, que fixam o tendão no osso por meio de fios de alta resistência. As âncoras podem ser fabricadas em titânio, cromo/cobalto, poliéster, peek (espécie de biomaterial) ou materiais osseointegráveis.
Na maioria dos casos, o tempo de internação é de apenas um dia. A cicatrização inicial da região do manguito rotador demora cerca de seis semanas. Durante esse período o paciente deve fazer o uso de tipóia.
No caso de lesões menos graves, já é possível realizar sessões de fisioterapia logo após a cirurgia, no intuito de eliminar eventuais aderências e garantir a amplitude de movimentos da articulação operada. No tratamento de lesões graves, a fisioterapia só deve ter início entre a quarta e a sexta semana depois da cirurgia.
O ideal, independentemente da gravidade da lesão, é que até a 12ª semana o paciente já tenha recuperado quase totalmente a amplitude de movimentos. A partir daí, o objetivo passa a ser o fortalecimento dos músculos para que o paciente recupere totalmente a força e a funcionalidade do ombro operado. Para a recuperação plena da força, é necessário que ocorra a cicatrização dos tendões.
Em geral, o processo de cicatrização está concluído em até 12 semana após a cirurgia. Esse prazo, contudo, pode ser maior ou menor de acordo com a idade do paciente, o tamanho da ruptura, a qualidade e a nutrição do tendão. Além disso, uma reabilitação adequada também é essencial.